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Silvia Medeiro

Silvia Medeiro

Segunda, 19 Agosto 2019 09:54

Mães solo versus a fome

Em uma das regiões mais ricas de Minas Gerais, elas convivem com o fantasma do desemprego e da insegurança alimentar


Clara Almeida tem 36 anos, é maranhense e não conheceu os pais biológicos. Foi adotada por uma família com a qual perdeu contato ainda jovem, quando saiu "pelo mundo" com um companheiro que trabalhava no circo. Rodou o país até parar em Ipatinga (MG). Mãe de cinco filhos, ela foi abandonada pelo marido, que antes era o responsável pelo ganha-pão. A renda da família de seis pessoas baseia-se hoje nos R$ 500,00 do programa Bolsa Família, que ela recebe por conta dos filhos menores. Para sobreviver, Clara conta com doações de cestas básicas e outros suprimentos.

"Quando eu era casada, meus filhos já passaram fome", conta. Há algumas semanas, Clara conseguiu um emprego de meio expediente como doméstica. "Se tudo der certo", ela pretende abrir mão do benefício para que outras famílias possam ter a mesma oportunidade.

A esperança de mãe contrasta com as sinalizações do governo Bolsonaro (PSL). Tentar extinguir o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), um dos principais instrumentos do combate à fome no Brasil, foi o cartão de visitas do capitão na Presidência da República. Não deu certo: uma alteração na Medida Provisória 870 permitiu que o órgão fosse recriado dentro do Ministério da Cidadania. Porém, no site do Conselho não consta nenhuma atividade realizada recentemente, e os dados seguem desatualizados.

A reportagem não conseguiu sequer contato com a assessoria de comunicação do órgão.

O presidente que questiona a existência da fome no país tomou posse um ano e meio após o golpe contra Dilma Rousseff (PT). Desde aquele processo, entidades internacionais vêm alertando sobre o risco de o Brasil voltar ao Mapa da Fome, por conta dos cortes em políticas públicas realizados pelo governo Michel Temer (MDB). Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o mapa contempla países onde 5% da população ingere menos calorias diárias do que o recomendado.

Estima-se que cerca de 5 milhões de brasileiros – pouco mais de 2% da população – convivam com a insegurança alimentar, que abrange condições de má alimentação até a fome em larga escala. Essa pode ser uma situação transitória, quando a falta de acesso à alimentação se dá por uma questão financeira conjuntural, como o desemprego de um dos provedores, por exemplo. Conviver com o medo de inanição também é considerado sintoma de insegurança alimentar, embora a notificação desses casos seja mais difícil, porque envolve critérios subjetivos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda domiciliar per capita de Minas Gerais em 2018 foi de R$ 1.322,00. No leste de Minas, a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) é uma das áreas mais desenvolvidas economicamente. É onde estão instaladas empresas como a Usiminas, maior produtora de aço plano da América Latina, que teve alta de 125% no lucro líquido no segundo trimestre de 2019. Na contramão, o índice de desemprego na região e a desigualdade social são cada vez maiores.

Ipatinga, onde vive Clara, é a cidade com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da RMVA. Mesmo assim, a reportagem se deparou com famílias que alegam ter renda mensal inferior a R$ 500,00. Ainda conforme dados do IBGE, o desemprego no Brasil atinge cerca de 12 milhões e 800 mil pessoas. Muitas outras, não incluídas na estatística oficial, estão em situação de sub-ocupação – quando o indivíduo tem uma carga-horária de trabalho insuficiente para garantir seu sustento.


Luta diária

Durante a campanha eleitoral de 2018, o general Hamilton Mourão, à época candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro, disse que "casa só com mãe e vó é fábrica de desajustados para o tráfico".

O IBGE estima que mães solos são responsáveis por cerca de 39% dos lares brasileiros. Eliane Aparecida, 50 anos, é uma delas, e reconhece as dificuldades de ser mãe e avó solo em Ipatinga. Sem trabalho fixo desde 2009, em decorrência de um câncer que lhe deixou sequelas, a mineira cuida de três filhos e dois netos. Ela separou-se do pai do seu filho mais novo, que era dependente químico, para preservar as crianças de uma possível "má influência".

A renda da casa gira em torno de R$ 378,00 por mês. Para pagar as contas, ela recebe alguns "trocados" dos vizinhos, cestas básicas de um amigo e pão, cedido pela padaria do bairro. "As pessoas precisam ser mais solidárias umas com as outras. No meu caso, por exemplo, só não passei fome por causa dessas pessoas", relata.


Entre a fome e o sonho

Com a luz cortada há mais de um mês, Leonardo Evangelista, de 15 anos, tem dificuldades para desenhar. Ele sonha em ser arquiteto e tem o apoio da irmã Jaqueline Evangelista, de 13, e da mãe Romilda Evangelista, mãe solo de 44. Os três vivem em uma casa simples com uma renda mensal de R$ 230,00, também oriunda do Bolsa Família.

No corredor externo, entre várias casas, fica uma lata improvisada como fogão, para "usar quando não tem gás". Os cômodos estão sem lâmpada, a geladeira, vazia, e uma goteira pinga incessantemente no banheiro.

Romilda tem problemas de saúde e toma remédios tarja preta. Recentemente, ela e os filhos ficaram três dias seguidos sem ter o que comer. Ao final, deram um jeito: "Tinha só uma farinha de mandioca, e eu já tinha um feijão cozido, mas frio. Aí eu peguei e pus uma vasilha com tempero, pus sal, misturei e nós comemos com feijão", conta.


Saídas

O economista Robinson Ayres não vê perspectivas positivas para recuperação econômica do Brasil a médio prazo. Segundo ele, o presidente tem "criado problemas com grandes parceiros econômicos internacionais, como a China, e mais recentemente com o principal destino da produção de manufaturados brasileiros, que é a Argentina".

Além disso, Ayres avalia que o "ultraliberalismo" praticado pelo Ministério da Economia também não favorece a retomada do crescimento, porque a renda familiar está em queda, o que afeta diretamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, aumenta o contingente de usuários de serviços públicos, como saúde e educação, que estão em fase de sucateamento e privatização. "O Estado brasileiro está sem disponibilidade de recursos, e a política econômica ideológica do liberalismo não tem caráter protetivo", resume o especialista.

Em relação à economia do Vale do Aço, Ayres explica que a região possui dependência quase absoluta da siderurgia. Esse setor enfrenta, desde 2004, dificuldades no aspecto estrutural e de mercado. "A indústria automobilística utiliza muito menos aço do que alguns anos atrás, a construção civil também. A China, quando estava com metas de expansão de 15%, comprou e estocou muito minério e aço. Com a queda dessa taxa para cerca de 8%, ela começou a desovar esse excedente a preços deprimidos. O Estado brasileiro não tinha uma proteção imediata como deveria ter, o que afetou a siderurgia nacional, em especial no Vale do Aço", explica.

Em 2018, tendo em vista os retrocessos sociais no Brasil pós-golpe, foi apresentado o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado para a RMVA, com previsões de estratégias e ações de curto e médio prazo para qualificar a geração de emprego e enfrentar a pobreza na região. Por meio de sua assessoria, a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço disse que "o Plano está em fase de revisão para a elaboração do projeto de lei que será enviado para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). De acordo com a Lei Federal N.º 13.089/2015, o Estatuto da Metrópole, para o Plano ter vigência, o documento deve ser aprovado como lei estadual". Portanto, as ações previstas no PDDI ainda não estão em andamento: o projeto de lei está previsto para ser entregue em dezembro de 2019.


Fonte: Brasil de Fato | Escrito por: Nilmar Lage | Edição: Daniel Giovanaz | Foto: Nilmar Lage
 Não espero de ti mais do que és
 Só te ter inteiro e digno é o bastante
 Não espero de ti as facilidades
 Não espero a vida boa, mas sim a verdadeira
 Não espero a riqueza, mas sim o bom exemplo
 Não espero um cargo, mas sim a sabedoria
 E que, estejas onde estiveres
 Permaneças sempre comigo
 Lutando juntos a luta diária
 Por uma vida digna e esperançosa
 De um mundo livre dos maus homens
 De um mundo repleto de pais verdadeiros

* Texto de Antônio Cunha e foto de rawpixel.com en Pexels
A cilada da medida do governo Bolsonaro é que o trabalhador que aderir ao saque-aniversário perderá o direito de sacar tudo que tiver na conta quando for demitido sem justa causa, momento em que mais precisará

Depois de sete meses sem nenhuma medida para aquecer a economia e gerar empregos e renda, o presidente mais mal avaliado pelos brasileiros, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta quarta-feira (24) que vai liberar - de setembro deste ano a abril do ano que vem - parcela dos saques das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Ao anunciar que vai permitir saques de até R$ 40 bilhões de contas do FGTS até 2020, medida paliativa que não resolve o problema da economia, nem do desemprego, Bolsonaro disse que os trabalhadores e trabalhadoras vão usar o dinheiro para consumir, o que ajudaria a aquecer a economia. "Estamos devolvendo aos trabalhadores o direito de consumir. Todos serão contemplados com a medida", afirmou.

Ao contrário do que diz Bolsonaro, a medida não vai aquecer a economia nem resolver, de fato, o problema dos quase 29 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados ou subutilizados, analisa sindicalista.

"Esse montante de recursos não é suficiente para aquecer a economia no estágio em que está hoje, mesmo que o trabalhador pudesse usar o dinheiro para consumir", avalia Claudio da Silva Gomes, o Claudinho, presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores da Indústria da Construção e Madeira da CUT (Conticom).

Segundo Claudinho, que representa a CUT no Conselho Curador do FGTS, quem tem R$ 500 ou R$ 1.000 na conta vinculada, 80% dos trabalhadores, vai conseguir no máximo um pequeno alívio, como pagar parte das contas em atraso.


Nem total da dívida vai dar para pagar


De acordo com pesquisa feita pela CNDL e pelo SPC, a dívida média chegou a R$ 3.239,48 em maio. E o número de brasileiros inadimplentes, que não consegue sequer pagar contas de água e luz e estão com o CPF negativado, bateu novo recorde e chegou a 63,2 milhões em abril, o que representa 40,4% da população adulta do país, de acordo com a Serasa.

Além disso, acrescenta o economista da Alexandre Ferraz, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é importante ressaltar que os trabalhadores formais com carteira assinada que recebem o FGTS contam com esses recursos como uma poupança a ser sacada na hora da aposentadoria, do desemprego ou da compra da casa própria.

"Sacar a poupança para pagar gastos correntes é o que ninguém quer, o trabalhador quer emprego e renda para pagar suas contas em dia. O alívio temporário custa caro ao trabalhador que, na situação atual, deverá se endividar novamente".

A medida tem também um item bastante prejudicial para a classe trabalhadora, como em todas as propostas que o governo fez até agora: o trabalhador pode perder o direito de sacar tudo que tiver na conta quando for demitido sem justa causa, caso opte pelo saque antecipado no mês de aniversário, que será conhecido também como saque infeliz, diz Alexandre Ferraz.

Para Claudio Gomes, essa medida é bem preocupante, em especial no momento de altas taxas de desemprego e economia patinando em que vivemos atualmente.

"Vivemos uma época de insegurança, alta rotatividade, incerteza total de que permaneceremos no emprego no dia seguinte. Neste cenário, optar pelo saque-aniversário será uma decisão temerária que pode comprometer uma reserva para o período de desemprego", alerta Claudinho.

Entenda como funciona a medida:


1 – De setembro/2019 a abril/2020

O governo vai liberar saques de até R$ 500 do FGTS entre setembro deste ano e março de 2020. Todos os trabalhadores terão direito a esse valor.

Se o trabalhador tiver mais de uma conta, uma ativa e outra inativa, do emprego anterior onde pediu demissão, por exemplo, pode sacar R$ 500 de uma e R$ 500 de outra.

Quem tiver quatro contas, poderá sacar até o teto de R$ 500 de cada uma delas e assim sacar R$ 2.000. E assim por diante.


2 – Saque-aniversário

Em abril do ano que vem o governo vai liberar o saque-aniversário, liberando valores maiores de resgate, dependendo de quanto o trabalhador ou a trabalhadora tem depositado.

Cotistas com saldo menor poderão retirar percentuais maiores das contas todos os anos. O governo criou sete faixas, com percentuais de 50% para saques de valores de até R$ 500, a 5%, para quem tem mais de R$ 20 mil na conta.

- O trabalhador pode aderir ou não à medida. Será opcional.

- O trabalhador pode, por exemplo, optar por sacar o dinheiro que tem em sua conta no FGST apenas se for demitido sem justa causa.

- É importante saber que o trabalhador que se arrepender de ter aderido ao saque-aniversário poderá voltar atrás, mas terá de cumprir um prazo de carência de dois anos para conseguir retornar ao sistema de rescisão.


3 - Cilada

O trabalhador que optar pelos saques-aniversário poderá fazer saques anuais na sua conta em datas próximas do mês do seu aniversário, MAS não poderá sacar todo o saldo caso seja demitido sem justa causa.

Quem optar pelos saques-aniversário, terá direito apenas a multa de 40% paga pela empresa sobre o saldo depositado na conta.


4 – O que continua valendo

A medida do governo não mexe nas outras formas de saque existentes hoje. Continuam valendo as regras atuais de liberação do FGTS para compra do primeiro imóvel e doenças graves.


5 – Como sacar

Se o trabalhador ou trabalhadora tiver poupança na Caixa, o saque será depositado automaticamente em sua conta. Não precisam nem ir à agência.

Quem não quiser sacar o dinheiro tem de avisar a Caixa.

Se o trabalhador não tiver conta na Caixa terá de seguir um cronograma que vai ser divulgado pelo banco.

Quem tem Cartão Cidadão pode sacar diretamente no caixa automático.

Valores menores de R$ 100 poderão ser sacados em casas lotéricas. Para isso, é preciso apresentar carteira de identidade e CPF.


Lucro do fundo


Além da liberação de saques anuais, o governo também vai liberar 100% do lucro do FGTS para os trabalhadores.

Desde 2017, 50% do resultado obtido pelo FGTS é repassado às contas do trabalhador. Em 2018,cada trabalhador recebeu R$ 17,20 para cada R$ 1.000 acumulados em sua conta. Em média, os trabalhadores receberam R$ 38 por conta.

A medida da distribuição dos lucros foi aprovada no governo do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), mas herdada do governo de Dilma Rousseff (PT). Na época, a fórmula foi vista como um meio de aumentar a rentabilidade das contas, beneficiando o trabalhador "cotista" do FGTS, sem prejudicar sua função social.

Isso porque o FGTS não precisava alterar as taxas dos empréstimos habitacionais e ainda reservavam outros 50% do lucro para operar a política de descontos nos financiamentos para população de baixa renda, sendo ela cotista ou não do fundo.

" Todo o mercado sabe que foi esta política que permitiu o enorme sucesso do programa Minha Casa Minha Vida que atendeu milhares de famílias por todo o Brasil e gerou milhões de empregos", diz Alexandre Ferraz.

Segundo ele, com a distribuição de 100% dos lucros proporcionalmente ao volume de recursos que cada trabalhador tem no fundo ganham os trabalhadores de alta renda e perdem os demais brasileiros, cotistas ou não do fundo.

"Dificilmente o Programa Minha Casa Minha Vida com seu enorme alcance para população de baixa renda ficará em pé sem esses recursos. O que vamos ver é uma redução substancial do financiamento habitacional para baixa renda", critica o economista.


Fonte: CUT Brasil | Escrito por: Marize Muniz | Imagem: Edson Rimona-CUT
"Políticas que retiraram o país da miséria
estão em processo de desmonte"


A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgaram relatório que aponta 'epidemia de obesidade' na América Latina e no Caribe. O relatório aponta o "triplo ônus da má nutrição", formado pela subalimentação, obesidade e falta de micronutrientes.

"Cada uma destas questões, cada um destes problemas, a obesidade, desnutrição e carência de nutrientes, são em si já problemas de saúde pública. A presença dos três ao mesmo tempo em uma realidade coloca um desafio muito grande em termos de desenho de políticas públicas, de como você responde a esses problemas", explica Inês Rugani, pesquisadora da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Em entrevista ao Repórter SUS, programa produzido em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), Rugani fala da importância dos investimentos num conjunto de ações estruturantes para reduzir a desnutrição.

No caso da obesidade, as políticas públicas exigidas são de outro tipo. "A gente precisa conseguir regular a publicidade de alimentos, aquela que é dirigida ao público infantil. Melhorar a rotulagem dos alimentos, para que as pessoas possam entender melhor o que estão comprando, escolher com mais informação e decidir o que vão comprar".

Ela também defende a tributação de produtos não saudáveis, como refrigerantes, para melhorar a saúde pública. Da mesma forma que a melhoria dos ambientes escolar e de trabalho, que muitas vezes acabam por não favorecer bons hábitos.

Com relação à carência nutricional de alimentos, a Organização Mundial de Saúde recomenda, segundo a pesquisadora, a combinação de acréscimo de nutrientes "ou suplementação medicamentosa preventiva à educação alimentar e nutricional".

Rugani alerta que o aumento da insegurança alimentar significa aumento da pobreza, da desigualdade social.

"Isso é resultado de situações de crise econômica, para a qual a resposta do Poder Público tem sido a austeridade fiscal. Uma medida que não é a única possível, mas a que tem sido adotada em alguns países e que ela produz mais vulnerabilidade. Deixa as populações vulneráveis mais desprotegidas. O Brasil, por exemplo, que tinha conseguido sair do Mapa da Fome da FAO está voltando para esse mapa".
 
A pesquisadora cita também a mortalidade infantil, que após 26 anos em queda, voltou a crescer no Brasil. "Esses são marcadores de que as condições de vida estão se deteriorando. O que está acontecendo nesse momento no Brasil é que o processo de organização de políticas públicas está sendo desmontado".

Embora o país tenha capacidade técnica de dar respostas, a pesquisadora da Abrasco, que é também professora do Instituto de Nutrição da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), observa que há falta de vontade política para responder às demandas.

Fonte: Brasil de Fato | Repórter SUS | Escrito por: Ana Paula Evangelista | Edição: Cecília Figueiredo | Gráfico: planalto.gov.br
Quarta, 26 Junho 2019 14:19

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SINDICATO FORTE
TRABALHADOR ORGANIZADO

SEEF - Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra
Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis/SC

Sexta, 10 Mai 2019 09:25

Feliz dia, Mãe!

 às mães de barriga,
 às mães de alma,
 às Mães que aprendem
 e ensinam sendo mãe,
 a todas estas Mulheres
 maravilhosas que geram
 amor a cada dia,
 nosso carinho e admiração neste
 12 de maio de 2019!

Nossa homenagem especial às mulheres que são mães e trabalhadoras, do SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EDIFÍCIOS - SEEF e da FECESC
Pesquisa do IBGE mostra que mulheres, desempregadas ou não, ainda são as principais responsáveis pelas tarefas do lar e no cuidado de pessoas na comparação com os homens, reforçando as desigualdades
 
A desigualdade na distribuição das tarefas domésticas e no cuidado de pessoas entre mulheres e homens agravam as restrições e a disparidade salarial enfrentadas pela população feminina no mercado de trabalho, de acordo com avaliação do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, sobre pesquisa do IBGE indicando que as mulheres dedicam o dobro do tempo nos afazeres de casa, em relação aos homens. Em média, são 21,3 horas por semana, ante 10,9 horas exercidas pelos homens.

Uma situação desigual que também se repete no caso das mulheres que trabalham fora, cumprindo 8,2 horas a mais em obrigações domésticas do que com relação aos homens. "Elas trabalham muito, mas trabalham sem reconhecimento econômico", afirma Clemente em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

De acordo com a pesquisa, estima-se que no ano passado 147,5 milhões de pessoas, 87% da população com 14 anos ou mais, realizaram tarefas domésticas e/ou cuidado de pessoas, mas a incidência é maior entre as mulheres, 93%, do que os homens, 80,4%,o que também ocorre entre a parcela de desempregados, com a população feminina trabalhando 11,8 horas a mais do que a masculina.

"Isso tudo traz para as mulheres restrições no acesso e dentro do mercado de trabalho, que acabam também repercutindo na remuneração menor do que os homens, em geral de 20% a 30%. Tudo isso vai mostrando as dificuldades que as mulheres têm na presença do mercado de trabalho e essa desigualdade em termos de responsabilidades com as tarefas domésticas e familiares", avalia o diretor técnico.


Fonte: RBA | www.redebrasilatual.com.br | Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
Os trabalhadores da capital catarinense gastam, em média, R$ 43,35 por dia. Em todo o Brasil o valor médio diário é de R$ 34,84

Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (22) pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) apontou que Florianópolis é a cidade mais cara do país para almoçar fora de casa.

De acordo com o levantamento, os trabalhadores da capital catarinense gastam, em média, R$ 43,35 por dia. Em todo o Brasil, o valor médio diário é de R$ 34,84.

Conforme os dados da ABBT, o valor médio das refeições subiu 6,1% quando comparado ao mesmo período de 2017. Naquele ano, Florianópolis registrou um reajuste maior do que a inflação brasileira no período, que teve alta de 3,75% conforme o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).

O levantamento foi feito em 51 cidades de 22 estados e no Distrito Federal, e coletou aproximadamente 6,2 mil preços de pratos, no período de dezembro de 2018 e fevereiro deste ano.

O estudo avalia o valor que o trabalhador paga ao fazer refeições fora de casa, em cada região durante o almoço em restaurantes que aceitam cartões refeição.

A pesquisa também avaliou o valor médio do almoço na cidade Joinville, no Norte catarinense, de R$ 34,74 e em Blumenau, no Vale do Itajaí, de R$ 35,20.

Fonte: G1 | Por: NSC TV | Foto: Reprodução/ NSC TV
Com 97,33% de aprovação entre os votantes, foi eleita a nova diretoria do Sindicato dos Empregados em Edifícios de Florianópolis nesta quinta-feira, 18/04. "Estamos felizes porque alcançamos grande participação nesta eleição, tanto graças ao esforço dos companheiros que trabalharam na coleta dos votos quanto graças à participação dos associados, que não apenas legitimaram o processo como demonstraram o reconhecimento ao nosso trabalho", afirmou o presidente reeleito Rogério Manoel Corrêa.

A eleição iniciou na terça, 16, e terminou ao meio dia de hoje, seguida de imediata apuração. Trabalharam no processo eleitoral a Comissão Eleitoral, mesários, escrutinadores, funcionários e assessorias da Fecesc, Sindicatos dos Comerciários de Florianópolis, São José e Palhoça, Sintrauto-SC, Sinte, Sintespe, Sindicato dos Bancários e Sintrasem e as funcionárias do SEEF.

A posse da nova diretoria está marcada para o dia 6 de junho. "Neste dia nós, diretores que já compomos a direção atual, e novos companheiros e companheiras estaremos assumindo um compromisso nada fácil, de lutar contra o ataque aos trabalhadores que ocorre em nosso país", destacou Corrêa. O diretor Moacir Padilha também lembrou das grandes dificuldades enfrentadas pela categoria: "Nossa luta hoje, dentro da categoria, também é contra a redução drástica nos postos de trabalho, substituídos pelas portarias eletrônicas ou pelos terceirizados, que prestam o mesmo serviço com menos direitos, menores salários e sem a assistência do Sindicato".


A nova diretoria será composta por:

Diretoria - Efetivos
Rogério Manoel Corrêa
Edson Marcelo Kosloski
Moacir Erosalte Padilha
Gilberto Maçaneiro
Eder Farias Borges
Marlei Chaves das Chagas
Roger Gouveia Alves

Diretoria - Suplentes
Valmir Pedrinho Coproski
Vanilda Piazzoli
Cristiano José Krammer dos Santos
José Adriano Lima da Silva
Valda Santa Neri

Conselho Fiscal - Efetivos
Gilmar Maçaneiro
Paulo Caetano Amaral
Luiz Ademir da Silva Bento

Conselho Fiscal - Suplentes
Josoel Henrique Rosa
Roberge de Medeiros
Edna Marque Padilha

Delegados - Efetivos
Rogério Manoel Corrêa
Moacir Erosalte Padilha

Delegados - Suplentes
Paulo Caetano Amaral
Edson Marcelo Kosloski
Durante três dias, serão colhidos votos na sede do SEEF e nas urnas volantes que passarão por locais de trabalho para confirmação da nova Diretoria, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto à Fecesc, efetivos e suplentes. Uma chapa concorre ao pleito, a Chapa Transparência e Resistência. Associado, associada: PARTICIPE! Exerça um direito que é seu e fortaleça seu Sindicato!

QUEM VOTA:
De acordo com o art. 50 do estatuto do Sindicato é eleitor todo o associado que, na data da eleição, tiver:
a) tempo de filiação no Sindicato igual ou superior 3 meses, nesse caso até o dia 15/01/2019;
b) quitado as mensalidades até 20 dias antes da data da realização da eleição;
c) no gozo dos direitos sociais conferidos no estatuto do Sindicato;
d) idade igual ou superior a 16 anos.

ONDE VOTAR:
a) urna fixa na sede do Sindicato (Av. Mauro Ramos, 1624, Centro, Florianópolis):
- nos dias 16 e 17 das 8h às 18h,
- no dia 18 das 8h às 12h.
b) urnas itinerantes que percorrerão os locais de trabalho:
- nos dias 16 e 17 das 8h30 às 23h,
- no dia 18 das 8h30 às 12h.

APURAÇÃO:
A apuração dos votos se dará na quinta-feira, dia 18/04, logo após o encerramento da votação, no auditório da FECESC.

PROPOSTAS DA CHAPA:
- Defender os direitos trabalhistas e sociais dos trabalhadores(as) que acreditam no Sindicato através das convenções e acordos coletivos e participando das lutas sociais
- Priorizar informações através de informativos aos filiados do SEEF, comunicar-se com trabalhadores/as e sociedade através do site e redes sociais do Sindicato
- Continuar fazendo campanha de sindicalização e conscientização da necessidade do fortalecimento da estrutura sindical
- Melhor atender filiados(as) e contribuintes do Sindicato
- Continuar fazendo visita nos locais de trabalho
- Firmar novos convênios para filiados(as) usufruirem de descontos e facilidades em serviços
- No caso de problemas detectados em empresas e condomínios, denunciar a(s) infratora(s) na DRT, Ministério do Trabalho e Vigilância Sanitária
- Buscar formas de garantir a saúde dos trabalhadores(as), negociando cláusulas para evitar doenças ocupacionais e dar assistência aos lesionados e/ou acidentados
- Fortalecer a CUT, CONTRACS, FECESC e DIEESE
- Continuar a oferecer assistência jurídica trabalhista e previdenciária para filiados(as) e contribuintes
- Pressionar vereadores e deputados para aprovar leis de interesse de todos os trabalhadores e especificamente, à nossa categoria

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Filiado

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Manual do trabalhador

Um instrumento dos trabalhadores na defesa dos seus direitos. Ele apresenta as principais garantias previstas na legislação e nas convenções e acordos coletivos de trabalho assinadas pelo Sindicato.

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SEEF - Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra
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Cód. Sindical: 914.565.164.01868-4    |    CNPJ: 78.664.125/0001-03
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