icon-fone
(48) 3228-5140 / 3228-5121
Segunda a sexta / 08h às 12h / 14h às 18h
Silvia Medeiro

Silvia Medeiro

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, as Centrais Sindicais e os movimentos populares de todos os campos estão em campanha por FORA BOLSONARO. Na quarta edição do "BATE-PAPO com o SINDICATO", o presidente do SEEF Rogério Manoel Correa receberá a presidenta da CUT-SC Anna Julia Rodrigues para conversar sobre a campanha no país e as formas de participar aqui em Santa Catarina. Será na quinta-feira, dia 30 de julho, às 19h. 

Assista pelo canal do YouTube do SEEF (https://www.youtube.com/channel/UCKiQG6MIc3om2XGTMo4vNRA) ou pela página do Sindicato no Facebook: @sindicatoseef

O SEEF está realizando BATE-PAPO toda a semana, como forma de levar informação aos trabalhadores e trabalhadoras neste período de pandemia que alterou muitas rotinas. Acompanhe, participe e divulgue para os colegas de trabalho.

"A pandemia no setor de comércio e serviços em Santa Catarina" é o tema da live do SINDICATO na quinta-feira, dia 23/07

 

Na quinta-feira, dia 23, a partir das 19h, a jornalista Sílvia Medeiros entra no ar na live do SEEF para conversar com o presidente da FECESC, Francisco Alano, sobre os efeitos da pandemia para os trabalhadores de um setor considerado "essencial": como fica a vida dos trabalhadores que não podem fazer o tal do "home office"?

Acompanhe ao vivo, no Facebook do Sindicato: @sindicatoseef e na página do YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCKiQG6MIc3om2XGTMo4vNRA.

O "BATE-PAPO com o SINDICATO dos Empregados em Edifícios de Florianópolis #SEEF" está na terceira edição neste dia 23 e o objetivo é realizar toda semana esse encontro com os trabalhadores da categoria e todos os interessados. Acesse, assista e inscreva-se no canal, para estar por dentro dos assuntos de interesse dos trabalhadores em edifícios.

Na próxima quinta-feira, dia 16 de julho, se realiza a segunda live do SEEF, para falar sobre a pandemia no setor de serviços - Acesse pela página do Facebook do Sindicato ou no canal do YouTube

 

Dia 16, quinta-feira, às 19h, será realizada a segunda edição do "BATE-PAPO com o SINDICATO dos Empregados em Edifícios de Florianópolis #SEEF", e o presidente do Sindicato, Rogério Manoel Correa, vai receber Julimar Roberto, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no 

Comércio e Serviços - Contracs/CUT.

Com a transmissão pela internet, os trabalhadores e trabalhadoras da categoria e todos os interessados podem acompanhar e fazer perguntas através do Chat. Acesse no Facebook do Sindicato: @sindicatoseef e na página do YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCKiQG6MIc3om2XGTMo4vNRA.

A primeira edição foi realizada no dia 10 de julho, com a presença do economista do DIEESE Maurício Mulinari e, para quem ainda não teve oportunidade de assistir, continua disponível no canal do YouTube do SEEF. Acesse, assista e inscreva-se no canal, para estar por dentro dos assuntos de interesse dos trabalhadores em edifícios.

Estar mais perto da categoria e levar informação nesses tempos de pandemia e retirada de direitos é o objetivo da live que terá sua primeira edição nesta sexta-feira, 10 de julho, às 18h

 

Na sexta-feira, dia 10 de julho, todos estão convidados a acompanhar a live sobre Negociações Coletivas em Época de Pandemia", no horário das 18h às 19h30. A transmissão ao vivo será realizada na página do Facebook do Sindicato (@sindicatoseef) e na página do YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCKiQG6MIc3om2XGTMo4vNRA).

A live é a primeira dentro da programação do "BATE-PAPO com o SINDICATO dos Empregados em Edifícios de Florianópolis #SEEF", o novo formato criado pelo SEEF para se comunicar com a categoria num período que exige novas formas de levar informações e manter o diálogo com a categoria. 

O convidado para a primeira live é o economista Maurício Mulinari, técnico da Subseção do DIEESE na FECESC, que falará sobre as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores diante das crises sanitária, econômica e política no país e, mais especificamente, sobre as negociações coletivas da categoria abrangida pelo SEEF. O presidente do Sindicato Rogério Manoel Correa receberá o convidado para este Bate-Papo. Chegue lá você também e fique por dentro: sexta, 10/07, 18h30, no Facebook do Sindicato (@sindicatoseef) e na página do YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCKiQG6MIc3om2XGTMo4vNRA). Lembre de curtir a página para seguir o SEEF e ficar por dentro das notícias.

CUT-SC participou do ato de entrega das doações, que também apresentou detalhes do Plano Emergencial de Reforma Agrária na capital catarinense

 

Durante a tarde da última terça-feira (30), pouco antes da chegada de um grave ciclone extratropical em Santa Catarina, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) subiu um dos morros de Florianópolis para doar 11 toneladas de alimentos, que foram destinados a diversos projetos sociais da região metropolitana da capital. O Secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-SC e diretor do Sintrasem, Bruno Ziliotto, participou do ato de entrega. 

 

Do total de 10 toneladas de frutas e legumes, mais 1.080 litros de leite e 1.080 unidades do achocolatado Terrinha, metade foi armazenada na Igreja Nossa Senhora do Monte Serrat e será distribuída às famílias atendidas pelo Instituto Padre Vilson Groh (IVG). O Instituto já distribuiu mais de 102.382 quilos de alimentos desde o início da pandemia.

 

Padre Vilson, que organiza ações de solidariedade há 39 anos na capital, afirma que a partilha é a grande saída para o país nesse momento. “Nossos mais sinceros agradecimentos ao MST, que nos mostra a importância da solidariedade estrutural. Não estamos celebrando missas, mas a nossa igreja virou um depósito de alimentos. É a eucaristia direto para a mesa das pessoas que mais precisam. A alimentação e a segurança alimentar terão de ser o mote de luta desse tempo”, comenta.

 

Já a outra metade das doações foi destinada à várias iniciativas sociais. Duas cozinhas comunitárias, que preparam e entregam marmitas solidárias (localizadas nos bairros Rio Vermelho e Ribeirão da Ilha), receberam uma parte. O movimento de luta por moradia fará a distribuição nas ocupações Marielle Franco, Fabiano de Cristo e na Vila Esperança.

 

Em parceria com o Instituto Caminho do Meio, a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) levará os alimentos para as Terras Indígenas Marangatu, Itanhaé e Mymba Roka, localizadas na grande Florianópolis. E a Revolução dos Baldinhos, que trabalha com a gestão comunitária de resíduos orgânicos, atenderá 930 famílias com as doações recebidas.

 

Respeitando as medidas sanitárias de prevenção, o armazenamento e divisão dos alimentos contou com um mutirão de pessoas envolvidas diretamente com os projetos, a militância da brigada Gina Couto da Via Campesina em Florianópolis e dos mandatos dos vereadores Marquito (PSOL) e Lino Peres (PT).

 

A entrega dos alimentos foi oficializada com um ato que também apresentou os eixos de atuação do Plano Emergencial de Reforma Agrária. “Nesse tempo estamos tirando muitas lições de como se relacionar com as pessoas e com a terra. Essa campanha nada mais é que um retorno de toda solidariedade que o MST já recebeu em momentos de dificuldades. Essa devolução e a apresentação de alternativas possíveis com a Reforma Agrária Popular não poderiam se dar num momento mais drástico, como esse que vivemos no nosso país”, disse Vilson Santin, da coordenação nacional do MST.

 

Os alimentos doados em Florianópolis foram produzidos por famílias assentadas em Lebon Régis, Fraiburgo, Curitibanos, Ponte Alta, Correia Pinto e Garuva, organizadas nas cooperativas Cooproeste, Coopercontestado, Cooperoeste e no Grupo coletivo do assentamento Conquista no litoral. Desde o início da pandemia, o MST de Santa Catarina já doou mais de 50 toneladas de alimentos.

 

Fonte: CUT-SC | Escrito por: Coletivo de Comunicação MST-SC | Foto: Coletivo de Comunicação MST-SC

Propostas que vêm sendo discutidas desde março defendem que o Estado use suas  ferramentas para proteger a vida, garantir a saúde, o  emprego e a renda dos  trabalhadores

 A Executiva Nacional da CUT lançou, nesta terça-feira (16), a Plataforma Emergencial “Em Defesa da Vida Trabalho e Renda, Saúde, Soberania Alimentar e Moradia”, com uma série de propostas para o enfrentamento à crise econômica e a emergência sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

 Entre as propostas, que a direção da Central vem debatendo desde março, quando a Organização Mundial da Sáude (OMS) decretou a pandemia, estão a criação da fila única de acesso aos leitos de UTI públicos e privados, a garantia dos Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos (EPIs e EPCs) adequados e em quantidade suficiente para os trabalhadores dos serviços essenciais, especialmente os da saúde, com contratação imediata dos aprovados em concursos, afastamento de todos os trabalhadores do grupo de risco de serviços essenciais e medidas de proteção à família dos trabalhadores e trabalhadoras dos serviços essenciais.

 A Plataforma da CUT destaca a importância do Estado e de todos os seus instrumentos disponíveis, como bancos públicos e de desenvolvimento, estatais, as políticas públicas de seguridade social e da proteção ao trabalhador, como ferramentas para proteção da vida, saúde, garantia de emprego e renda para os trabalhadores e trabalhadoras; lista outras ações de enfrentamento a pandemia que estão sendo feitas em conjunto com outras centrais sindicais e com as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e, ainda os apoios à plataforma do campo, a carta aberta do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS).

 Confira AQUI a íntegra do texto

 Fonte: CUT Brasil | Escrito por: Redação CUT | Foto e arte: Alex Capuano - CUT Brasil

O mundo tenta sair da quarentena, mas a pandemia do novo coronavírus não deixa.

 

 

Nos últimos dias, vários países que tentaram retomar suas atividades tiveram que voltar a adotar medidas restritivas devido ao aumento de infecções.

 

Em Pequim, seis grandes mercados foram fechados. Na Índia, houve um recorde de casos diários. E nos Estados Unidos, seis Estados relataram que seus hospitais estavam ficando cheios rapidamente.

 

Ao mesmo tempo, enquanto em algumas partes do mundo a taxa de contágio pareça estar diminuindo, globalmente, a pandemia está piorando, disse Tedros Adhanom Ghebreyesu, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

É o caso da América Latina, o novo epicentro da pandemia. Em 12 de junho, a região tinha mais de 1,5 milhão de casos e mais de 70 mil mortes.

 

O contágio também está se acelerando na África, segundo a OMS. No início deste mês, o continente já havia registrado mais de 200 mil infectados.

 

No total, já existem no mundo mais de 7,9 milhões de infectados e mais de 434,8 mil mortes, e não existe ainda uma vacina ou um remédio eficaz contra a covid-19.

 

Então, o que podemos fazer para nos proteger ao sair de casa?

 

Um estudo recente da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, oferece novas evidências de que as máscaras podem ser cruciais para evitar uma nova onda de infecções.

 

 

Proteção eficaz

 

 

A pesquisa afirma que os lockdowns sozinhos não serão suficientes para impedir futuras ondas de contágio, a não ser que isso seja combinado com o uso massivo de máscaras para retardar a propagação da doença.

 

Mesmo máscaras de pano caseiras, que têm eficácia limitada, podem "dramaticamente" reduzir a taxa de transmissão se usadas por um número de pessoas suficiente.

 

"Nossas análises apoiam a adoção imediata e universal de máscaras faciais pelo público", disse Richard Stutt, pesquisador de epidemiologia da Universidade de Cambridge e coautor do estudo, em um comunicado.

 

"Se o uso generalizado de máscaras pelo público for combinado com distanciamento físico e algum confinamento, poderá oferecer uma maneira aceitável de lidar com a pandemia e retomar a atividade econômica muito antes de haver uma vacina."

 

 

Como se chegou a essa conclusão?

 

 

O Saers-CoV-2 é transmitido por meio de gotículas exaladas por pessoas infectadas, principalmente quando se fala, tosse ou espirra.

 

Para o estudo, os pesquisadores usaram modelos matemáticos dos vários estágios de infecção e da transmissão pelo ar e pelas superfícies.

 

A ideia era analisar diferentes cenários para o uso das máscaras em combinação com medidas de distanciamento.

 

Para o estudo de epidemias, os especialistas usam a taxa de reprodução do vírus, ou Rt, que indica quantas pessoas podem ser contaminadas por quem já tem o vírus. Para uma pandemia ser contida, o Rt deve ser menor que 1.

 

Os modelos mostraram que, se uma pessoa usa máscara sempre que sai em público, isso é duas vezes mais eficaz para reduzir o Rt do que quando alguém usa a máscara só depois que tem sintomas.

 

Eles também indicaram que, se pelo menos metade da população usa máscara rotineiramente, o Rt é reduzido para menos de 1.

 

Dessa maneira, as curvas de contágio podem ser achatadas, e as medidas de contenção, afrouxadas.

 

 

Máscaras caseiras

 

 

Pesquisas afirmam que máscaras caseiras feitas de pano também podem reduzir a propagação da covid-19. "Máscaras que capturam apenas 50% das gotas exaladas ainda proporcionam um benefício à população", afirma o estudo.

 

Isso pode ser vital nos países em desenvolvimento, onde um grande número de pessoas carece de recursos, disse Chris Gilligan, coautor da pesquisa. "Máscaras caseiras são uma tecnologia barata e eficaz."

 

A forma mais eficaz de retomar a vida cotidiana é incentivar todos a usarem máscara sempre que estiverem em público, disse John Colvin, da Universidade de Greenwich, outro autor da pesquisa.

 

Os cientistas de Cambridge resumem o resultado de suas pesquisas com uma mensagem: "Minha máscara protege você, sua máscara me protege".

 

Os autores do estudo reconhecem, no entanto, que ele tem limitações por ser baseado em modelos matemáticos e alertam que, "em uma nova doença, é impossível obter evidências experimentais precisas para possíveis intervenções de controle".

 

Brooks Pollock, cientista da Universidade de Bristol que não participou da pesquisa, ouvido pela agência de notícias Reuters, acredita que o impacto das máscaras pode ser muito menor do que o previsto.

 

 

O que dizem os especialistas sobre o uso de máscaras

 

 

Os resultados da pesquisa de Cambridge vão ao encontro de outro estudo recente da Universidade Texas A&M.

 

Esse trabalho analisou as tendências de propagação e medidas de combate aplicadas em Wuhan, na China, na Itália e em Nova York, nos Estados Unidos, e concluiu que o uso de máscaras em público é uma maneira eficaz e barata de prevenir o contágio.

 

"Juntamente com o distanciamento social, a quarentena e o rastreamento de contatos, isso representa uma oportunidade de parar a pandemia da covid-19", diz o estudo.

 

No início da pandemia, o uso generalizado de máscaras não era recomendado. "Na época, os especialistas ainda não sabiam até que ponto as pessoas com covid-19 podiam transmitir o vírus antes que os sintomas aparecessem", diz o site da Clínica Mayo, nos Estados Unidos.

 

"Também não se sabia que algumas pessoas têm covid-19, mas não apresentam nenhum sintoma. Ambos os grupos podem transmitir o vírus a outros sem saber."

 

Mas agora, a OMS diz que "as máscaras devem ser usadas como parte de uma estratégia abrangente para suprimir a transmissão e salvar vidas".

 

No entanto, alerta que o uso da máscara não é suficiente e deve ser combinado com o distanciamento social de pelo menos um metro, lavagem frequente das mãos e evitar tocar no rosto ou na máscara.

 

Quanto ao uso de máscaras de pano, a OMS afirma que há "evidências limitadas de sua eficácia" e não recomenda seu uso maciço como controle da covid-19.

 

No entanto, a organização afirma que, em áreas de alta transmissão, onde há pouca capacidade de tomar medidas de controle ou é difícil manter a distância física, como no transporte público, lojas e ambientes lotados, as autoridades devem incentivar o uso de máscaras de pano.

 

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças recomenda o uso generalizado de máscaras de pano.

 

No site da Universidade Johns Hopkins, a epidemiologista Lisa Maragakis é clara quando perguntada se a máscara deve ser usada como proteção contra o coronavírus: "Se você estiver em um local público onde se encontrará com outras pessoas, use uma máscara".

 

 

 

Fonte: BBC News Brasil | Imagem: Getty Images

Planos de Governos e empresas não contemplam rotina de mulheres que temem desemprego enquanto buscam solução para voltar ao trabalho presencial com escolas fechadas

 

A analista de marketing Gabriela Jansen, 26, está comemorando seu primeiro mês empregada em uma empresa no setor de beleza em São Paulo. Desde o início de maio, ela trabalha em casa, onde vive com a mãe e a filha, Manuela, de seis anos. Diariamente, Gabriela interrompe o trabalho às 16h e retoma às 17h, em acordo com a empresa, para poder acompanhar as aulas online de Manuela. No resto do tempo, auxilia a filha nas lições de casa, ao mesmo tempo em que trabalha. “Está sendo uma loucura conciliar tudo”, diz. Mas desde a semana passada, quando o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou o plano de retomada gradual de alguns setores da economia na cidade, ela teve de acrescentar uma preocupação a mais em sua rotina: pensar em como fará com a filha quando retornar ao trabalho presencial. Isso porque os planos de reabertura não incluem, por ora, os portões das escolas.

 

Assim como a chegada da pandemia do coronavírus mexeu com a rotina de muita gente, agora, os planos de retorno ao que era próximo da normalidade fará o mesmo. “Estou pensando em revezar os cuidados da minha filha com a minha mãe e minha ex-sogra, mas ainda não sei”. O pai de Manuela, de quem Gabriela é separada, é funcionário de um banco e também não pode ficar com a filha durante o dia. “Estou quebrando a cabeça para saber o que fazer”. Assim como Gabriela, milhares de outras mães estão tendo que aumentar seus malabarismos para planejar a retomada ao trabalho presencial.

 

E “quebrar a cabeça” será mais uma atividade somada às horas dedicadas pelas mulheres aos cuidados com a casa. De acordo com o levantamento Outras formas de trabalho, realizado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgado nesta quinta-feira, em 2019, as mulheres dedicaram quase o dobro de horas semanais (21,4) aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas, especialmente crianças, em relação aos homens (11 horas semanais). A pesquisa ainda revela que essa dedicação, que deveria ser chamada apenas de trabalho não remunerado, só vem aumentando mais a sobrecarga das mulheres. De 2016 para 2019, essa diferença entre as médias masculina e feminina aumentou de 9,9 para 10,4 horas semanais.

 

“Estou tendo que me dividir em mil”, diz a advogada Liliane Barbosa, 35, de Fortaleza, outra capital que lidera casos de pandemia no Brasil. Retornando agora da licença-maternidade, ela e o marido tiveram de contratar uma babá, que, por sua vez, passou a dormir na casa da patroa, para evitar o uso do transporte público e assim não expor a irmã, grávida, com quem vive. O Ceará iniciou a retomada de alguns setores da economia nesta segunda-feira, e as escolas estão na quarta e última fase do plano, cuja data prevista para reabertura é a partir de 20 de julho. “Meu bebê iria para o berçário, mas mesmo que estivesse aberto eu não teria coragem de colocá-lo lá no meio de uma pandemia”, diz. "Esse retorno, que para mim foi precipitado, mexeu com a dinâmica de todo mundo”.

 

A arquiteta Fernanda* tem pensado em negociar com a empresa onde trabalha, no ramo da construção civil, para poder se dividir entre cuidar da filha, de dois anos, e seguir trabalhando. A creche onde a criança está matriculada não tem previsão de volta. Já seu trabalho nunca parou de fato. “Acompanho obra, então parte do meu trabalho é presencial, não tem jeito”, diz. “Até consigo não ir todos os dias para a obra, e às vezes também recorro à minha mãe para deixar a minha filha. Meu marido e eu estamos nos virando, mas vai ter dia em que minha mãe não vai poder ficar com ela e eu vou ter que trabalhar de casa, não vai ter jeito”.

 

Mas nem todas conseguirão negociar alguma flexibilização no trabalho. Por isso, em meio aos malabarismos maternos e às incertezas da retomada, o novo cenário econômico em todo o mundo criou um novo obstáculo para essas mulheres: o medo do desemprego. Nos Estados Unidos, o desemprego entre as mulheres atingiu patamares recordes e, em abril, foi o maior registrado desde 1948: escalou de 4% em março para 15,5% em abril. Entre os homens, saltou de 4% para 13%. Não à toa, C. Nicole Mason, chefe do Instituto de Pesquisa Política para Mulheres (IWPR, na sigla em inglês), que se dedica a pesquisas sobre políticas para mulheres nos EUA, inaugurou o termo shecession, misturando as palavras ela e recessão. Em português, recessão já é um substantivo feminino, uma vez que elas também respondem pela maior taxa de desemprego, independente da pandemia.

 

Em tempos de covid-19, não se sabe ainda se elas foram as mais afetadas. O Ministério da Economia, responsável pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que mede a taxa de desemprego mês a mês, afirmou por meio da assessoria de imprensa que não realiza o recorte de gênero em seu levantamento. “Houve mudanças na metodologia e nem todas as fontes de coleta de dados possuem essa variável”, diz a nota. Portanto, não é possível saber quantas mulheres perderam seus empregos dentre os 1,1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada fechados entre março e abril no país.

 

Cenário desfavorável

A economista Lúcia Garcia, pesquisadora da área de mercado de trabalho do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), explica que historicamente o cenário é desfavorável para as mulheres. “Elas estão sofrendo mais com o atual cenário seja porque os setores tradicionais de inserção [no mercado de trabalho] estão sendo ajustados e as condições de trabalho piorando, seja porque as famílias estão empobrecendo e as mulheres têm de entrar na busca da renda das famílias, seja porque estão perdendo dinheiro com os cortes de programas sociais”, explica a economista. A pandemia, portanto, agravou essa situação que vem se desenrolando há anos.

 

“Eu nem cogitei pedir para seguir em home office, tenho medo de eles me mandarem para a rua de vez”, afirma Ilka Adriane Ferreira, 38, técnica em edificações. No meio da pandemia, ela e a filha de oito anos se mudaram sozinhas de Itapevi para Osasco, ambas cidades da Grande São Paulo, mas a uma distância de mais de 20 quilômetros entre uma e outra. Com a suspensão das aulas, ela não conseguiu contato nem com a escola antiga de Itapevi e nem com a nova de Osasco, para fazer a transferência da garota, que está na 3ª série. “Fui na escola de Osasco e mandaram eu enviar uma mensagem para o Facebook do diretor. Eu nem tenho Facebook”, diz. “Enquanto isso, minha filha está totalmente sem aula”. A empresa onde Ilka trabalha prevê retomar as atividades no meio do mês e ela planeja pedir aos superiores um tempo para resolver a situação da escola da filha. “Nem que eu tenha que pedir para faltar”.

 

Maria*, compartilha do temor de Ilka, mas com um agravante: voltará, na semana que vem, da licença-maternidade. Funcionária de uma multinacional em São Paulo, ela explica que sua empresa nunca adotou o home office, embora sua função, na área administrativa, seja compatível com esse modelo de trabalho. “Minha função pode ser realizada de casa, assim como 80% do administrativo da empresa. Mas eles não liberaram ninguém, em momento algum, então não vou tentar negociar home office agora”, diz. “É natural que toda mulher tenha medo de perder emprego quando volta da licença-maternidade, ainda mais neste momento de pandemia”. Sem parentes próximos ou escolas abertas, a solução encontrada por ela e o marido foi desembolsar quase 3.000 mensais para uma babá cuidar da filha, de quatro meses.

 

Enquanto mães, solteiras ou não, quebram a cabeça em busca de uma solução para conciliar trabalho enquanto os filhos estão em casa, o poder público se diz atento ao assunto. “Outras preocupações já aparecem aqui na Prefeitura e a primeira delas é de que forma nós vamos ter uma reabertura dessas atividades sem prejudicar as mulheres”, afirmou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), no dia 28 de maio, ao anunciar o plano de retomada da cidade em uma entrevista coletiva. “Porque as escolas, as creches, elas não serão reabertas. E de que forma nós vamos garantir de forma que não haja o desemprego da mulher trabalhadora, porque é sempre sobre a mulher que recai a obrigação de cuidar dos filhos”. Porém, nenhum plano específico foi anunciado até o momento para as mulheres.

 

Questionada, a assessoria de imprensa da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação não responderam se há um plano específico para as trabalhadoras nessa retomada e nem qual a previsão da volta às aulas na rede municipal. Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou no início desta semana que um plano para a reabertura das escolas será apresentado nesta sexta-feira.

 

 

*nomes fictícios

Fonte: El País Brasil | Escrito por: Marina Rossi | Foto: Raoni Maddalena

 

 

 

 

 

Entre março e abril, 1,1 milhão de empregos formais foram fechados no país, segundo dados do Caged. É o maior número da série histórica, iniciada em 1992

 

 

Depois de se tornar novo epicentro mundial da pandemia de coronavírus, com o maior número diário de novos casos da doença, o Brasil corre o risco de também se tornar o líder do desemprego na América do Sul. Entre março e abril, 1,1 milhão de empregos formais foram fechados no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). É o pior resultado para o período da série histórica, que teve início em 1992.

Até o mês passado, eram 12,8 milhões de pessoas à procura de uma ocupação, segundo dados do IBGE. E apesar de o governo Bolsonaro ter editado medidas provisórias com a justificativa de garantir empregos, desde janeiro, o país registra mais demissões do que admissões.

“Esses dados indicam o quanto o mercado formal está sendo atingido e o quanto as medidas do governo para preservação de emprego não têm conseguido efetivar os seus objetivos”, afirmou o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. Segundo ele, esses números escondem, ainda, o desalento. São pessoas que desistiram de procurar uma vaga no mercado de trabalho, em função da deterioração do quadro econômico.

“Desde o começo da pandemia”, a posição do movimento sindical foi a posição de defesa do emprego. Foi a posição de que nós tínhamos que garantir estabilidade do conjunto dos trabalhadores formais e garantir renda para os trabalhadores informais. Essa é a lógica, é por aí que o governo deveria traçar. E que toda ajuda, inclusive, que o governo eventualmente colocasse para as empresas deveria ter como contrapartida a manutenção dos postos de trabalho”, afirmou à repórter Daiane Ponte, para o Seu Jornal, da TVT, nesta quinta-feira (28).

 

Mais pobres, mais afetados

Para a cientista social Léa Marques, conselheira do projeto Conexões Periferias, a MP 936 garantiu a preservação dos empregos apenas nas “megaempresas”. Ainda assim, às custas da redução das jornadas e salários. Segundo ela, os trabalhos mais precários e com menores salários foram os primeiros atingidos pelo desemprego.

“Os primeiros desempregados são os trabalhos mais precários, de menores salários. E, sim, essas pessoas estão localizadas nas periferias. Então hoje a gente tem uma situação bastante grave. Porque as pessoas já estavam passando pelo desmonte das políticas públicas e das políticas de geração de emprego e renda. E agora tem um contingente ainda maior de desempregados. E muita gente é empurrada para a informalidade”, disse ela.

 

Futuro nebuloso

Relatório elaborado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta mais de 37 milhões de desocupados, quase 12 milhões de novos desempregados e mais de 50% da população na informalidade, ainda neste ano, em função da pandemia. O levantamento também aponta o crescimento 34,7% da pobreza na região, que deve atingir mais de 214 milhões de pessoas.

 

Assista à reportagem

 

Fonte: Rede Brasil Atual | Escrito por: Redação RBA | Imagem: Reprodução TVT

O impacto da pandemia de Covid-19 nos bolso e na vida dos trabalhadores está mobilizando sindicatos de Florianópolis. O auxílio atende pessoas que perderam fontes de renda, mas há entidades que estão socorrendo a própria categoria. É o caso do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Pessoas em Florianópolis e Região (Sintraturb), que faz na próxima semana a segunda rodada de entrega de cestas básicas. Foram 750 na primeira, dias 29 e 30 de abril, e agora cerca de 1.500 cestas.

 

Até ontem (21), a situação mais grave era a de cerca de 110 funcionários da empresa Emflotur, que, apesar de decisão judicial, não havia pago o vale alimentação de R$ 825,00 nem o percentual indenizatório de salário que cabia a ela, de 30%, como resultado da suspensão de contrato de trabalho por 60 dias permitida pela Medida Provisória 936. A Folha da Cidade entrou em contato ontem com a Emflotur, mas a pessoa que atendeu respondeu apenas que a empresa não estava prestando informações. No final da tarde, o vale foi pago, depois de pressão do sindicato junto à Prefeitura e à empresa.

 

Os recursos para a compra das bolsas são do sindicato, graças às mensalidades pagas pelos trabalhadores. O secretário de Organização do Sintraturb, Antonio Carlos Martins, diz que é a primeira vez que a entidade enfrenta uma situação dessas: “Nossa briga agora é para que haja comida na mesa do trabalhador, porque a volta ou não do transporte coletivo não é decisão do sindicato”. O Sintraturb faz assembleia na segunda-feira, às 14 horas, seguindo as recomendações de distanciamento social e uso de máscara, para discutir os efeitos da pandemia na categoria.

 

No início da quarentena, o Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina (Sintufsc) também distribuiu 200 máscaras descartáveis para quem atua no Hospital Universitário (HU) para que pudessem usá-las no trajeto casa-trabalho, e não apenas dentro da instituição, além de 200 máscaras face shild (que tem viseira transparente) e 100 máscaras infantis para filhos de associados. “Estamos quase todos os dias conversando com o pessoal porque, além das doações, acompanhamos várias ocorrências para ajudar e tirar dúvidas, inclusive com a assessoria jurídica de plantão”, diz Marilene dos Santos, da coordenação do Sintufsc e técnica de enfermagem do HU.

 

O Sintufsc também integra a Frente Estudantil de Segurança Alimentícia (FESA), de auxílio a estudantes em função da paralisação das atividades do Restaurante Universitário (RU), e o Comitê Popular de Solidariedade que reúne entidades do movimento sindical, popular e estudantil para arrecadar doações à famílias em situação de vulnerabilidade na Grande Florianópolis. São 11 sindicatos e 3 centrais sindicais, entre outras entidades. “É toda uma estrutura e um segmento sindical e social que está envolvido nesse processo”, afirma o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no comitê, Rogério Manoel Corrêa. As compras são feitas em supermercados ou em mercados de pequeno porte de bairros. Já foram doadas mais de cem cestas básicas, além de máscaras, materiais de higiene pessoal e produtos de limpeza, roupas, calçados e cobertas.

 

O comitê tem plantão presencial diário, das 9 às 18 horas, no Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe), na Praça Olívio Amorim, paralela com a Avenida Hercílio Luz. Saiba mais sobre o comitê em https://www.facebook.com/comitepopularsc

 

 

Fonte: Folha da Cidade | Escrito por: Redação Folha da Cidade | Foto: Míriam Abreu


Warning: count(): Parameter must be an array or an object that implements Countable in /home/f131287/public_html/templates/seef/html/com_k2/templates/default/user.php on line 260
botao telegram seef1

Filiado

filiado fecescfiliado contracsfiliado cutfiliado dieese

Manual do trabalhador

Um instrumento dos trabalhadores na defesa dos seus direitos. Ele apresenta as principais garantias previstas na legislação e nas convenções e acordos coletivos de trabalho assinadas pelo Sindicato.

BAIXAR MANUAL

SEEF - Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra
Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis/SC

Cód. Sindical: 914.565.164.01868-4    |    CNPJ: 78.664.125/0001-03
  Av. Mauro Ramos, 1624, 1º andar
     Centro -/ Florianópolis / SC
  (48) 3228-5140 / 3228-5140