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Sexta, 01 Julho 2022 09:39

Brasil é um dos 10 piores países do mundo para se trabalhar pelo 4º ano seguido

Escrito por Pricila Cristina Baade

Desde a reforma Trabalhista de 2017, proposta do  ilegítimo Michel Temer (MDB) aprovada pelo Congresso Nacional, empregadores e governos vêm violando regularmente os direitos coletivos básicos dos trabalhadores. Com a perda de direitos, há quatro anos seguidos o Brasil está entre os 10 piores países do mundo para se trabalhar de uma lista de 148 países analisados pela Confederação Sindical Internacional (CSI).

De acordo com a pesquisa, a reforma fez a negociação coletiva entrar em colapso no Brasil, com uma redução drástica de 45% no número de acordos coletivos celebrados.

Em 2022, o país está lado a lado com Bangladesh, Belarus, Colômbia, Egito, Filipinas, Miamar, Guatemala e Suazilândia, na África Central.

Entre as violações no Brasil, a CSI reportou o corte de salários dos dirigentes sindicais que trabalham no banco Santander; a declaração de ilegalidade da greve dos metalúrgicos da General Motors, em São Bernardo do Campo, e a redução de benefícios e cortes de postos de trabalho da Nestlé, entre outros.

Durante a apresentação da pesquisa, na última terça-feira (28), a representante da CUT Nacional, Rosana Sousa Fernandes, secretária-Adjunta de Combate ao Racismo, fez um relato da situação dos direitos da classe trabalhadora no país.

“O Brasil nunca esteve entre os melhores países para se trabalhar, mas nunca estivemos entre os 10 piores. A deterioração a gente percebe desde 2017, com a perda da qualidade do trabalho desde o processo que passamos com o golpe de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, com ataques fortes aos nossos direitos que haviam sido conquistados com muita luta, e que agora vêm sendo retirados com muita facilidade”, conta Rosana.

A dirigente pontuou ainda que a reforma de Temer que autorizou a terceirização de qualquer atividade, sem restrições, seja ela meio ou fim, e os ataques às organizações dos movimentos sindicais na tentativa de enfraquecer a luta dos trabalhadores, limitando as formas de financiamento, fez desabar o número de reajustes reais conquistados em convenções coletivas.

“Da pandemia para cá, só em 15% das negociações coletivas os trabalhadores conseguiram aumentos reais de salários, e ainda assim foram as mais organizadas, como a do sistema financeira, que tem uma organização nacional”, diz.

Para ela, entre os focos mais importantes abordados foi a questão ambiental no Brasil e a necessidade de se construir empregos decentes “verdes”.

“Os ataques do atual governo ao meio ambiente prejudicam a qualidade de vida de toda a população brasileira e até no mundo. Por isso, a questão ambiental tem sido debatida pelos trabalhadores. O Brasil liberou centenas de agrotóxicos, prejudicando a saúde não só de quem lida diretamente com o veneno, mas a qualidade dos alimentos que chegam à nossa mesa. É preciso  mudar esta situação com a criação de empregos decentes e salários dignos na área ambiental”, pontuou.

Jovens, mulheres e negros os mais atingidos pela deterioração do trabalho

Durante o evento online da CSI, a dirigente CUTista lembrou ainda que o mercado de trabalho precário atinge principalmente os jovens, as mulheres e os negros.

“Quando a economia vai mal, quem mais perde são essas três populações e tudo piorou com a pandemia”, afirmou Rosana.

Para a dirigente a melhoria das condições do trabalho no Brasil passa pela contrarreforma trabalhista, mas isto só será possível com um novo governo e um novo Congresso Nacional alinhado aos direitos dos trabalhadores.

“É super importante sejam eleitos políticos com alguma responsabilidade com os direitos trabalhistas. Entretanto, não basta eleger um parlamento com a cara dos trabalhadores. Nós também precisamos nos organizar, enquanto classe trabalhadora, para reivindicar e pressionar pelo fim dessa reforma, que enfraquece a luta dos trabalhadores”, ressalta Rosana.

O que diz a pesquisa:

As violações dos direitos trabalhistas alcançaram um nível recorde no mundo entre abril de 2021 e março de 2022.

A pior região do mundo para os trabalhadores é o Oriente Médio e o Norte da África. O continente americano é o segundo melhor de cinco, atrás da Europa.

- 113 países excluíram os trabalhadores do direito de se filiar a um sindicato. Em 2021 eram 113. Entre os países que excluíram esses direitos estão: Afganistão, Burkina Faso, Myanmar, Síria e Turquia.

- 77% dos países tem negado o direito a criar ou se afiliar a um sindicato

 - As autoridades em 74% dos países têm impedido o registro de sindicatos frente a 59% na pesquisa anterior. Entre esses países estão: Afeganistão, Belarus, Egito, Jordânia, Hong Kong, Myanmar e Sudão.

- Em 50 países os trabalhadores estiveram expostos à violência, frente a 45 em 2021, um aumento de 35% a 43% entre os países da região Ásia-Pacífico e de 12% para 26% na Europa;

­ - Assassinaram sindicalistas em 13 países, sendo que em 41% se negou ou se limitou a liberdade de expressão e reunião, além de terem sido registradas prisões de trabalhadores em 68 países. O direito de acesso à justiça foi negado em 66% dos países pesquisados.

- Em 87% dos países o direito à greve é reprimido. Em Belarus, Egito, Filipinas, Índia, Myanmar e Sudão houve repressão violenta contra os trabalhadores e prisão de líderes sindicais;  

- Quatro em cada cinco países proibiram a negociação coletiva. Esse direito tem sido retirado tanto no setor público como no privado. Na Tunísia não se pode empreender nenhuma negociação com sindicatos sem a autorização expressa do Chefe de Governo.

A CSI tem 308 organizações filiadas em 153 países e territórios nos cinco continentes, com um total de 175 milhões de trabalhadores, sendo que 40% são mulheres.

Confira aqui a pesquisa. 


Escrito por: Rosely Rocha | Editado por: Marize Muniz (Portal CUT Brasil)

Terça, 28 Junho 2022 09:27

O QUE É AGROECOLOGIA URBANA? POR QUE ELA É IMPORTANTE?

Escrito por Silvia Medeiro

"Agroecologia urbana" é um termo relativamente novo que surgiu nos anos 2000 como uma resposta possível para melhorar a qualidade da alimentação da população. A agricultora e política (ex-deputada estadual e federal por diversos mandatos) Luci Choinacki é uma entusiasta desta alternativa. Ela estará no BATE-PAPO COM O SINDICATO da próxima quinta-feira, dia 30/06, a partir das 19h.

Acompanhe essa conversa com o presidente do SEEF, Rogério Manoel Correa, pelo canal do youtube do Sindicato: https://www.youtube.com/c/SEEFSindicatodosTrabalhadoresemEdifícios

Segunda, 27 Junho 2022 10:52

SEEF promove assembleias nos locais de trabalho e na FECESC nesta terça-feira (28)

Escrito por Pricila Cristina Baade
Durante toda terça-feira (28) os diretores do SEEF irão realizar assembleia geral ordinária para apresentar, discutir e votar a prestação de contas de 2021 da entidade com os trabalhadores sindicalizados em edifícios, imobiliárias e shoppings de Florianópolis.

As assembleias acontecerão em duas modalidades: itinerantes - percorrendo os principais locais de trabalho das 9h às 17h - e presencial no auditório da FECESC (Av. Mauro Ramos, 1624, Centro, Florianópolis/SC) - às 19h em 1ª convocação, ou às 19h30 em 2ª convocação, com qualquer número de presentes. 

Sua participação é fundamental! 
Segunda, 27 Junho 2022 10:37

‘Prévia’ da inflação tem alta em todas as regiões e se mantém acima dos 12%

Escrito por Pricila Cristina Baade

Com altas em todas as regiões pesquisadas e em todos os grupos, a “prévia” da inflação se manteve em ritmo elevado em junho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi 0,69%, acima de maio (0,59%) e abaixo de junho do ano passado (0,83%). Com isso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa somou 5,65% no primeiro semestre e 12,04% em 12 meses.

grupo Transportes subiu menos (0,84%), mas ainda assim teve impacto de 0,19 ponto percentual no resultado da inflação do mês.

De acordo com o IBGE, os preços médios do etanol e da gasolina caíram 4,41% e 0,27%, respectivamente, enquanto o óleo diesel aumentou 2,83%.

Também subiram de preço passagens aéreas (11,36%) e seguro de veículo (4,20%), além de itens como emplacamento e licença, motocicletas, automóveis novos e usados.

Ainda nesse grupo, altas em ônibus urbano (com reajuste em Salvador) e municipal (Belo Horizonte e Salvador).

Planos de saúde e remédios

Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (1,27%) teve influência dos planos de saúde: 2,99% e 0,10 ponto percentual.

O IBGE apurou ainda alta de 1,38% nos produtos farmacêuticos (0,05 ponto).

Em Habitação (0,66% em junho), a alta foi puxada pela taxa de água e esgoto (4,29%), com reajustes em Belém, Curitiba e São Paulo.

O gás encanado também teve aumentos (Curitiba e Rio de Janeiro) e subiu 2,04%.

Por outro lado, caíram os preços médios da energia elétrica (-0,68%), que não teve cobrança adicional.

O grupo com maior variação no mês foi Vestuário: 1,77% (0,08 ponto). Segundo o instituto, subiram os preços de roupas femininas (2,52%), masculinas (1,97%) e infantis (1,51%), além de calçados e acessórios (1,19%).

Alimentos: pressão menor

Alimentação e Bebidas subiu menos no mês – 0,25%, ante 1,52% em maio. O leite longa vida, por exemplo, foi de 7,99% para 3,45%. E caíram preços de produtos como cenoura (-27,52%), tomate (-12,76%), batata inglesa (-8,75%), hortaliças e verduras (-5,44%) e fruta (-2,61%). O lanche consumido fora do domicílio subiu 1,10% (1,89% no mês anterior) e a refeição, 0,70% (0,52%).

Entre as áreas pesquisadas, a maior alta foi apurada na região metropolitana de Salvador (1,16%) e a menor, em Belém (0,18%). Na Grande São Paulo, a variação foi de 0,79%. Em 12 meses, o IPCA-15 vai de 10,27% (Belém) a 14,45% (Grande Curitiba), acumulando 12,01% em São Paulo e 11,87% no Rio.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgado em 8 de julho

Escrito por: Vitor Nuzzi, da RBA

Sexta, 24 Junho 2022 09:38

Herança da reforma Trabalhista: 32,5 milhões de brasileiros têm emprego precário

Escrito por Pricila Cristina Baade

Estudo da B3 Social e a Fundação Arymax, em parceria com o Instituto Veredas, revela que 32,5 milhões de brasileiros e brasileiras têm trabalhos precários. Deste total, 19,7 milhões (60,5%) sobrevivem de bicos que não lhes garantem um salário sequer para suprir suas necessidades básicas. São os chamados informais de “subsistência”, que aceitam trabalhos de até dois salários mínimos (R$ 2.424)

Os bicos foram legalizados pela reforma Trabalhista de 2017, no governo Michel Temer (MDB), por meio do trabalho intermitente, que não estabelece um salário fixo. A nova modalidade prevê que o trabalhador fique à disposição do patrão e só receba pelos dias ou horas em que for chamado para trabalhar, podendo, portanto, receber menos de um salário mínimo por mês.

Outra criação da reforma de Temer é o que os pesquisadores chamam trabalhadores formais frágeis, que é como eles definem pessoas que têm carteira assinada ou CNPJ, desempenham funções com remuneração mais baixa e enfrentam situações de incerteza ou vulnerabilidade, assim como os informais. A pesquisa constatou que dos 32,5 milhões de informais, 6,9 milhões (21%) são  trabalhadores formais frágeis.

“Esse é o resultado dos ataques aos direitos dos trabalhadores promovido pela reforma de Temer, que prometeu gerar 6 milhões de empregos, mas o que conseguiu foi aumentar o desemprego, a precarização do trabalho, a exploração sem limites do trabalhador”, diz o secretário de Relações do Trabalho da CUT Nacional, Ari Aloraldo do Nascimento.

“Muitos ganhavam um salário mínimo e mesmo os que tinham uma situação melhor perderam o emprego formal e foram empurrados para a informalidade. Por isso que há essa vulnerabilidade social”, diz Ari Aloraldo, se referindo aos 33 milhões de brasileiros que convivem com a fome no Brasil.

“Como o atual presidente da República não fez a contrarreforma, muito tempo contrário, tentou aprofundar a reforma de Temer, e ainda acabou com a política de valorização do salário mínimo, o trabalhador tem de escolher entre comer, pagar as contas, ou ter um lugar morar”, analisa o dirigente.

Só em São Paulo, a população em situação de rua cresceu 31% em 2 anos – de 24.344, em 2019, para 31.884 no final de 2021. Para Ari, é o emprego precarizado que tem levado famílias inteiras a morar nas ruas da capital paulista.

“Eu vejo na região onde moro, pais e mães de família trocando de roupa no meio da rua, colocando um jeans, uma camisa ‘melhor’ e ir para o trabalho que, com certeza, é um bico, sem carteira assinada, sem FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço], sem 13º salário, sem férias remuneradas”, pontua o dirigente.

Educação e racismo

Outra conclusão do estudo do B3 Social, Fundação Arymax e Instituto Veredas é o de que 75,4% desses 19,7 milhões de informais de subsistência, têm ensino fundamental incompleto ou inferior e 64% deles eram negros, o que demonstra que o Brasil é o país da desigualdade social e do racismo estrutural.

“O trabalhador brasileiro está jogado à própria sorte, depois que a reforma Trabalhista deu poder aos patrões de pagar uma miséria, e ainda não dar nenhum retorno à sociedade. Infelizmente, esses maus patrões não se importam de ver as mazelas da sociedade, como se eles não tivessem nenhuma reponsabilidade sobre essa crise, da mesma forma como o atual governo se comporta”, conclui Ari Aloraldo.

Características do trabalhador informal

O estudo apontou ainda que 5,2 milhões de informais pesquisados têm potencial produtivo e apenas 700 mil o são por opção.

Informais de subsistência: recorrem à informalidade para sobreviver em vagas de até dois salários mínimos

Informais com potencial produtivo: estão à frente do grupo anterior em formação e renda (de dois a cinco salários), mas seguem marcados pela incerteza

Informais por opção: têm mais de cinco salários mínimos e podem alcançar a formalidade, mas permanecem como informais para evitar custos ou burocracias

Formais frágeis: têm vagas formais (CNPJ ou carteira), mas ainda incertas e com baixa remuneração (até dois salários). Exemplos: trabalhos atípicos (intermitentes) e relações de emprego disfarçadas (contrato de assalariado não regular).

Metodologia

O estudo analisou o terceiro trimestre de 2021, a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.

Quarta, 22 Junho 2022 13:10

Bolsonaro usa de artimanhas para aumentar preços de combustíveis e vender Petrobras

Escrito por Pricila Cristina Baade

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o  seu aliado, o presidente da Câmara Federal Arthur Lira (PP-AL), articulam a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a conduta dos ex-presidentes da Petrobras e os motivos dos constantes reajustes de preços dos combustíveis. A dupla faz uma clara manobra eleitoreira para jogar a culpa na direção da estatal, como se o presidente não fosse o principal responsável pelos preços extorsivos que os brasileiros estão pagando nos postos de combustíveis.

Bolsonaro indicou o ex-presidente da estatal, José Mauro Coelho, que pediu demissão na segunda-feira (20), e mais seis dos dez conselheiros, e mantém a Política de Paridade Internacional (PPI), que atrela o preço do petróleo extraído no Brasil ao dólar, como se os trabalhadores e trabalhadoras do país recebessem na valorizada moeda norte-americana.

O PPI pode ser revogado numa canetada, mas o presidente do país, para não enfrentar o poderoso mercado financeiro, prefere utilizar uma cortina de fumaça como a CPI.  

Essa é a percepção que há muito tempo têm os petroleiros, que vêm alertando os brasileiros de que governo, na verdade, quer vender a Petrobras a preço de banana como fez recentemente com a Eletrobras, para impedir que essas estatais se tornem indutoras de investimentos capazes de recuperar a economia em benefício da população, e não apenas paguem lucros bilionários aos seus acionistas enquanto os reajustes dos combustíveis alimentam a inflação e aprofundam a crise econômica.

A Petrobras vai distribuir R$ 48,5 bilhões em dividendos relativos ao primeiro trimestre do ano. Deste total, a União ficou com cerca de R$ 9 bilhões. 

Para o petroleiro e secretário de comunicação da CUT Nacional, Roni Barbosa, a gestão de Bolsonaro em relação a Petrobras é um crime de lesa pátria.

“Nunca vi uma renúncia de presidente de uma estatal no horário de um pregão aberto, favorecendo especuladores. Tem gente do governo ganhando muito com o sobe e desce das ações da Petrobras”, diz Roni se referindo à queda nos preços das ações da empresa, que inclusive, pararam de ser negociadas na Bolsa de Valores, ontem.

A gravidade desta situação levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a analisar se a divulgação da troca de comando da seguiu as regras estabelecidas para empresas com ações na Bolsa de Valores. Os comunicados ao mercado precisam seguir um regramento rígido já que impactam diretamente nas negociações de ações da empresa. A Petrobras perdeu R$ 27,5 bilhões de valor de mercado.

A Petrobras está sendo gerida com interesses escusos, virou um balcão de negócios de especuladores que ganham muito. Diminuir o valor da empresa facilita a sua venda e é isto que Bolsonaro quer
- Roni Barbosa

Empresa só gera lucro a acionistas

O dirigente da CUT ressalta que apenas neste primeiro trimestre a Petrobras vai desembolsar aos seus acionistas mais de R$ 40 bilhões de lucros, e se mantiver essa margem vai pagar somente neste ano quase R$ 200 bilhões.

“Em dois anos a Petrobras vai distribuir metade do seu valor, às custas do povo brasileiro”, afirma Roni, que alerta: “A maior parte deste dinheiro vai para o exterior, pois a maioria dos acionistas é de fora do país”.

“O governo tem a maioria das ações, cerca de 30%, mas o que adianta ter lucro se não faz investimentos para baratear os combustíveis, ao contrário, vendeu refinarias e paralisou as obras das que estavam sendo construídas. Hoje exportamos óleo cru e importamos produtos refinados, é um absurdo”, afirma.

De acordo com o petroleiro, a empresa produz 3 milhões e meio de barris de petróleo/dia, mas exporta e não refina. Se as obras das refinarias estivessem concluídas e outras não fossem vendidas, o Brasil importaria apenas 5% dos combustíveis e não 25% como é hoje.

“Há uma sobra de 600 mil barris/dia de óleo que são produzidos aqui, mas que não refinamos. E os importadores reclamam que o preço está defasado. Hoje são 400 importadores que ganham com a subida de preços dos combustíveis, depois que o país deixou de gerenciar as refinarias”, diz.

Bahia é exemplo de que privatização sai cara para o povo

Os baianos continuam pagando mais caro pelos preços dos combustíveis depois que a refinaria Landulpho Alves (Rlam) foi vendida ao grupo árabe Mubadala, no ano passado e mudou de nome para Acelen.

Leia mais: Baianos pagam até 35% a mais por combustíveis depois de privatização da refinaria 

Depois do último reajuste da Petrobras, anunciado na última sexta-feira (17),  de 5% para a gasolina e 14% para o diesel os moradores da capital Salvador,  passaram a pagar, em média, R$ 7,92 pelo litro dos dois combustíveis, de acordo com o aplicativo do governo “Preço da Hora”. 

O prejuízo também chegou ao Porto de Salvador. Os novos donos da refinaria decidiram parar de produzir óleo diesel destinado ao abastecimento dos navios que atracam na capital baiana, prejudicando a operação portuária.

Já a medida paliativa de baixar o índice do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) cobrado pelos estados sobre o preço do combustível, aprovado recentemente pelo Congresso, está sendo criticado pelo governador da Bahia. Segundo Rui Costa (PT) por diminuir a arrecadação que seria investida em educação e saúde. A medida está sendo comparada ao uso da cloroquina no combate à Covid-19.

Bolsonaro perde apoios dos caminhoneiros

Setores que apoiam Bolsonaro começam a perceber que os constantes aumentos dos combustíveis são de responsabilidade do presidente, que não mexe na política de preço internacional que cobra em dólar pelo petróleo produzido no Brasil

Desta vez são os caminhoneiros que parecem ter percebido as artimanhas de Bolsonaro que sempre põe a culpa nos outros pelo desastre da sua política econômica, e iniciaram uma caravana pelo Sul do país e devem seguir até o Nordeste conscientizando as pessoas por onde passam de que a culpa pelos altos preços e constantes reajustes dos combustíveis, especialmente do diesel, é de Bolsonaro. A caranava tem objetivo de alertar contra a PPI. disse José Stringasci, presidente da Associação de Caminhoneiros ANTB, à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

“O governo vai arrumar desculpas e paliativos porque ele não quer mexer no foco do problema, que é o preço de paridade de importação dos combustíveis. Pode zerar todos os impostos, mas em dois meses os preços vão ser os mesmos", afirmou Stringasci ao jornal.

Fonte: Portal CUT Brasil (Escrito por: Rosely Rocha | Editado por: Marize Muniz)

Terça, 21 Junho 2022 10:00

País tem 764,5 mil famílias muito pobres na fila de espera pelo Auxílio Brasil

Escrito por Pricila Cristina Baade

Enquanto 765,5 mil famílias brasileiras em situação de extrema pobreza ou de pobreza estão na fila de espera para receber o Auxílio Brasil, benefício de cerca de R$ 400 por mês, com validade até o final do ano, o governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentou os gastos com cartão corporativo e com publicidade oficial e ainda deu aval para o uso de até R$ 46,4 bilhões em recursos públicos para subsidiar combustíveis para os carros dos ricos e da classe média.

Fila de espera pelo auxílio

699,3 mil famílias estão tentando sobreviver à disparada da inflação e ao desemprego com renda mensal de até R$ 105 por pessoa.

65,2 mil famílias tentam sobreviver com renda mensal de R$ 105,01 a R$ 210 por pessoa.

Os dados são do Ministério da Cidadania e foram obtidos  pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com o jornal, há ainda uma fila da fila, com 13 milhões de famílias que estão tentando atualizar os dados para ter direito ao benefício, criado para substituir o Bolsa Família, mas não conseguem porque têm de fazer isso na rede de Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), que precisa de mais recursos para atender mais depressa as demandas por atualizações cadastrais e novos registros.

Gastos com cartão corporativo disparam

Só o que aumenta neste governo são os gastos com cartões corporativos, usados nas viagens para eventos oficiais e motociatas e também para as despesas pessoais da família. O Portal da Transparência divulga os gastos mas ninguém sabe com o quê eles gastam tanto.

Entre 2019, quando assumiu o governo, e 2022, o governo Bolsonaro aumentou os gastos mensais de um dos cartões de R$ 736,6 mil, em média, para R$ 1,2 milhão.

No início deste mês, o país ficou sabendo que o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria sigilosa nos gastos do presidente e da primeira-dama Michelle Bolsonaro e constatou que a família gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos entre janeiro de 2019 e março de 2021.

Governo aumenta em 6 vezes verba para publicidade

Bolsonaro sancionou a lei nº 14.356/22, que muda as regras sobre limite de gastos do governo com propaganda em anos eleitorais. Segundo dados do Senado, a mudança vai permitir um aumento de R$ 25 milhões na verba para essas despesas ainda em 2022, ano de eleição. 

O limite de gastos será de seis vezes a média mensal dos valores gastos nos últimos três anos.

Mais de R$ 46 bilhões para subsidiar combustíveis

A ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) para combater a alta dos combustíveis deve custar R$ 46,4 bilhões aos cofres da União, com a promessa de reduzir em R$ 1,65 o preço do litro da gasolina e R$ 0,76 o do diesel.

Os senadores aprovaram o PLP 18/2022 que institui teto de 17% para cobrança do ICMS pelos estados sobre os combustíveis, energia elétrica, serviços de telecomunicações e de transporte público. O objetivo, segundo o governo, é ajudar na redução do preço dos combustíveis.

Fonte: Portal CUT Brasil (Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz)

 

 

Evento será misto, com parte do público presente na sede da FECESC, em Florianópolis, e parte acompanhando online

No dia 24 de junho será realizada a 78ª Plenária Estadual dos Trabalhadores/as no Setor de Comércio e Serviços de SC, organizada pela FECESC a cada semestre. Esta primeira edição de 2022 será mista, com a participação de delegados/as e convidados/as comparecendo à sede da Federação (Av. Mauro Ramos, 1624, Centro, Florianópolis, SC) e outros/as acompanhando pela plataforma digital. Como não poderia deixar de ser, as eleições deste ano estarão em pauta, com o tema: "Agora, é nosso voto que vai garantir a retomada da luta por um país para todos e todas".

A programação inicia às 9h, com abertura oficial, e na sequência o ex-deputado Federal (PT) José Genoino falará sobre "A importância das eleições 2022 e o papel dos sindicatos e organizações sociais nestas eleições". A Plenária prevê, ainda, a participação dos pré-candidatos às eleições majoritárias e proporcionais da esquerda em Santa Catarina.

Por fim, cumprindo o estatuto da FECESC, os delegados e delegadas farão a apreciação e votação do Balanço Financeiro da FECESC, exercício 2021.

Veja a programação completa AQUI.

Quarta, 15 Junho 2022 10:10

Analistas do setor confirmam: conta de luz não vai baixar com venda da Eletrobras

Escrito por Pricila Cristina Baade

O processo de venda da Eletrobras, recheado de irregularidades, concluído nesta terça-feira (14), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que compareceu à Bolsa de Valores de São Paulo para oficializar a privatização da estatal, não trará nenhum benefício aos consumidores de energia elétrica como diz o governo. Muito pelo contrário, a previsão, inclusive de analistas do mercado, é de que os preços irão aumentar.

Enquanto o Ministério das Minas e Energia mente à população afirmando que as tarifas vão baixar, analistas do setor energético, ouvidos pelo Portal UOL, reafirmam o que o PortalCUT vem alertando ao longo dos últimos anos em diversas reportagens: com a privatização da Eletrobras, as contas de luz vão ficar ainda mais caras e os serviços prestados à população vão piorar. 

O professor associado do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP), Celio Bermann, disse ao UOL que “ o argumento mais fácil para poder, digamos, atingir os incautos é justamente dizer que vai baixar a tarifa de energia elétrica. É uma retórica que aparece sempre. Mas, desculpe-me quem acredita na fantasia de que as tarifas serão reduzidas. Isso é desprovido de qualquer base. As tarifas vão ficar mais caras, e o serviço prestado vai ser mais precário".

O também professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ewaldo Mehl acrescentou que “isso não tem qualquer lógica. O que levaria à redução das contas? A Eletrobras nem define as tarifas de energia. Quem cobra a energia elétrica da população são as empresas de distribuição locais, e a maioria já são privadas”.

Para o professor Edmar Almeida, do Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), a ideia da venda é possibilitar à estatal a retomada de investimentos no setor elétrico, mas os custos ao consumidor ainda dependerão do mercado.

"O preço vai depender do mercado. Espera-se que esse mercado, com maior concorrência, gere preços mais baixos. Mas não é algo que o governo possa garantir", afirmou.

Essas afirmações vêm ao encontro do que disse o superintendente de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Davi Antunes Lima, no dia 1º deste mês, na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. Ou seja, nem os órgãos vinculados ao Ministério das Minas e Energia, como é o caso da Aneel, acreditam nas mentiras do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Escrito por: Redação CUT 

Segunda, 13 Junho 2022 10:26

Proposta para baratear combustível tira R$ 90 bi de setores como saúde e educação

Escrito por Pricila Cristina Baade

Para manter a política desastrosa de lucros abusivos da Petrobras, em detrimento da maioria do povo brasileiro que paga em dólar pelo preço do petróleo produzido aqui, corre no Congresso Nacional uma proposta aparentemente positiva para baratear os preços dos combustíveis, mas a realidade é totalmente contrária, avalia a assessoria técnica do PT no Senado.

Para a equipe petista, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/ 22 , do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que impõe cortes orçamentários para estados e municípios, com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),  prejudicará serviços públicos essenciais como saúde, educação e o combate à pobreza. 

O projeto limita a cobrança de ICMS sobre combustíveis, energia, comunicações e transportes com cortes de R$ 36 bilhões sobre a gasolina, R$ 19 bilhões da energia, R$ 11 bilhões da comunicação, R$ 19,5 bilhões do Tust/Tusd (tarifas de energia) e mais R$ 5 bilhões do Fundo de Combate à Pobreza.

Se aprovado, o projeto irá tirar recursos do SUS, Fundeb e segurança pública na ordem de R$ 90,5 bilhões em um ano. Só no SUS, as estimativas de perda são de R$ 11 bilhões; outros R$ 21 bilhões serão tirados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

O cálculo, com base nos últimos dados dos estados, não inclui a redução de receita resultante da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) anunciada recentemente, que teria o propósito de zerar Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de diesel e GLP.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse em reunião na última quarta-feira (8) com senadores, segundo a Agência Senado, que a atual proposta na mesa vai acabar retirando recursos da saúde, da educação e da segurança para garantir altos lucros da Petrobras, das importadoras de petróleo e das distribuidoras. 

“O ICMS sobre o óleo diesel está congelado desde novembro do ano passado, quando o combustível estava custando R$ 4,90, e hoje já está R$ 7. Essa diferença foi para o bolso de quem? O consumidor se beneficiou? Claro que não. Obviamente todos querem a redução dos preços, mas o problema é escolher o caminho mais eficaz para esse objetivo. Esse caminho escolhido pelo governo não trará benefícios aos cidadãos”, avaliou o governador baiano. 

Segundo Rui Costa, os responsáveis pelos preços dos combustíveis são a atual política de preços e a Petrobras, sobre as quais nenhum governador tem capacidade de intervenção. 

Segundo o relator do PLP, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o texto chega ao plenário da Casa, para leitura do relatório e debate, ainda nesta semana, e pode ser votado na próxima segunda-feira (13), um dia considerado atípico para sessões deliberativas. Até as 12h desta segunda estará aberto o prazo para apresentação de emendas, e o relator vai ter que analisá-las para, ser for o caso, incluí-las em seu voto. Até o fim da manhã desta sexta-feira (10), a proposta já havia recebido 25 sugestões, ainda de acordo com a Agência Senado. 

Confira  os seis pontos prejudicais aos brasileiros

Ponto 1: Para se ter uma ideia do impacto do PLP, em 2021, o ICMS representou 86% da arrecadação dos estados.  Apenas combustíveis, petróleo e energia representaram quase 30% da arrecadação do ICMS.

Ponto 2: o ICMS é a base da arrecadação dos estados, financiando principalmente segurança pública, educação, saúde e assistência social.

Ponto 3: diferente da União, estados não emitem dívida soberana. Logo, o ajuste à queda da arrecadação deverá ser por meio de redução de serviços públicos (não há qualquer compensação para a perda de receita no PL a partir de 2023). O usuário do SUS e da educação pública pagará a conta dos elevados lucros e dividendos distribuídos pela Petrobras.

Ponto 4: os municípios ficam com 25% do ICMS (cota-parte). Logo, da perda total estimada, R$ 22,6 bilhões se referem a municípios. R$ 67,9 bilhões se referem a estados.

Ponto 5: Em cada Estado, o Fundeb é composto por 20% de um conjunto de impostos, especialmente o ICMS: Logo, a perda de R$ 90,5 bilhões no ICMS leva diretamente à queda de R$ 18 bilhões no Fundeb. Além disso, atualmente, a União faz a complementação no Fundeb com o valor de 15% do fundo estadual. Logo, há mais R$ 2,7 bilhões de perda. Em síntese, R$ 21 bilhões são diretamente retirados do Fundeb com o PLP 18.

Ponto 6: para o SUS, estados são obrigados a aplicar, no mínimo, 12% da sua receita de impostos e os municípios, 15%. Sob a hipótese de que a perda do ICMS seria igual à queda da arrecadação dos entes, os gastos de saúde poderiam cair até R$ 11,5 bilhões por ano.

Com informações da Agência Senado e PT no Senado.

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