icon-fone
(48) 3228-5140 / 3228-5121
Segunda a sexta / 08h às 12h / 14h às 18h

No Dia do Servidor Público, a CUT-SC reforça a importância de defender o serviço público e valorizar quem garante direitos à população. O artigo a seguir, escrito por Rogério Manoel Corrêa, Secretário-Geral da CUT-SC e Presidente do SEEF, analisa os impactos da Reforma Administrativa e mostra por que essa proposta ameaça não apenas os servidores e servidoras, mas toda a sociedade brasileira.

Com uma leitura acessível e direta, o texto convida à reflexão sobre o papel do Estado na promoção da justiça social e a necessidade de mobilização para impedir retrocessos.

Leia o artigo completo abaixo:

De tempos em tempos, no mundo da política, surgem temas que, além de prejudicarem o país, também fazem mal - e muito mal - à sociedade.

Neste momento, no Congresso Nacional, a pauta que está em evidência é a chamada Reforma Administrativa. Quando se fala em reforma, supõe-se que seja para melhorar; mas, tratando-se de uma reforma vinda do Congresso Nacional, ocorre justamente o contrário: a classe trabalhadora e a maioria da sociedade acabam sendo extremamente prejudicadas, como mostram os exemplos recentes das reformas trabalhista e da previdência social.

A Reforma Administrativa propõe mudanças profundas na estrutura do serviço público brasileiro, com impactos que vão além dos servidores e atingem diretamente toda a sociedade.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Administrativa, em discussão no Congresso Nacional, visa alterar regras fundamentais do funcionalismo público. Entre os principais pontos estão o fim da estabilidade para novos servidores, a ampliação da terceirização, a possibilidade de redução salarial e a flexibilização dos vínculos empregatícios.

O que está em jogo

Estabilidade no serviço público: a proposta prevê o fim da estabilidade para a maioria dos novos servidores, mantendo-a apenas para carreiras típicas de Estado. Isso pode comprometer a independência de profissionais que atuam em áreas sensíveis, como saúde, educação e fiscalização, deixando-os ao bel-prazer do gestor de plantão, mais ou menos conservador, mais ou menos progressista.

Terceirização da atividade-fim: a Reforma Administrativa abre espaço para que funções essenciais sejam terceirizadas, o que pode afetar a qualidade e a continuidade dos serviços prestados à população.

Redução de salários e benefícios: há previsão de corte de até 25% na remuneração de servidores em momentos de crise fiscal, além da eliminação de benefícios.

Avaliação por desempenho: a proposta enfatiza a meritocracia, com avaliações periódicas que podem influenciar na permanência do servidor. Embora isso possa incentivar a eficiência, também levanta preocupações sobre critérios subjetivos e pressões políticas.

Impactos para a sociedade

Desmonte do serviço público: ao enfraquecer a estabilidade e ampliar a terceirização, a Reforma Administrativa pode tornar o serviço público mais vulnerável a interesses políticos e econômicos, prejudicando o atendimento à população.

Desigualdade no acesso a serviços: a precarização das condições de trabalho pode afastar profissionais qualificados, especialmente em áreas remotas ou de baixa atratividade, ampliando as desigualdades regionais.

Redução da transparência e enfraquecimento do controle social: servidores estáveis são fundamentais para garantir a fiscalização e o cumprimento das leis. Sem essa proteção, há risco de aumento de práticas arbitrárias e da corrupção.

Esta Reforma Administrativa não interessa apenas aos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público (municipal, estadual e federal), mas a toda a classe trabalhadora, que será a mais atingida caso seja aprovada no Congresso Nacional.

O movimento sindical, liderado pelas entidades representativas dos servidores públicos, junto com diversos movimentos sociais, tem realizado atos e audiências para enfrentar essa proposta.

Além do movimento sindical e dos movimentos sociais, vários juristas também alertam para o risco de enfraquecimento do Estado e para a perda de direitos históricos. Protestos e debates públicos têm sido organizados para pressionar o Congresso a rejeitar a PEC.

A Reforma Administrativa, portanto, não é apenas uma questão técnica de gestão pública. Ela representa uma escolha política sobre o papel do Estado na garantia de direitos e na promoção da justiça social.

O desafio está em equilibrar eficiência e equidade, sem comprometer os pilares democráticos que sustentam o serviço público brasileiro.

Publicado em Notícias
Terça, 07 Março 2017 23:12

Rápido como rastilho de pólvora

Após o golpe contra a classe trabalhadora brasileira, organizado e executado pela extrema direita conservadora deste país, o resultado começou aparecer.
O presidente golpista, os deputados federais, os senadores e boa parte do judiciário que contribuíram para o golpe estão retribuindo para a elite e para os banqueiros os investimentos nas campanhas eleitorais e as indicações políticas.
Já aprovaram a PEC da morte do BRASIL, ao aprovar o congelamento de investimentos nas políticas públicas pelos próximos 20 anos. Saúde, educação, segurança, cultura, infraestrutura, toda e qualquer política publica está limitada ao índice da inflação, não levando em consideração a real necessidade e o crescimento da população nos próximos anos.
Aprovaram a Reforma do Ensino Médio, que parece a melhor coisa do mundo, mas na verdade servirá para formar robôs, pessoas sem capacidade de pensar sozinha. Vão continuar sendo massas de manobra de quem estiver no poder político deste país.
Agora está em curso a Reforma Trabalhista que tem como objetivo tirar todos os direitos dos trabalhadores. Direitos conquistados com muitas lutas, lágrimas e vidas. Está em jogo o parcelamento do 13º salário, a redução do fundo de garantia, o aumento da carga horária, a redução do intervalo para almoço e vários outros. Ainda possibilitando que as negociações fiquem com condições menores que estão na CLT, acabando com a sua finalidade.
Já a Reforma da Previdência propõe aumentar a idade de aposentadoria para 65 anos e o tempo de contribuição para 25 anos para homens e mulheres. Todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo, da cidade, do setor público ou privado. Imaginem uma professora em sala de aula, um mineiro nas minas de carvão, uma enfermeira no hospital, uma doméstica, um pedreiro, estas são algumas profissões que os trabalhadores terão sérios problemas de saúde e possivelmente não irão se aposentar. Está reforma irá reduzir sensivelmente os valores dos benefícios. E não podemos esquecer os benefícios sociais como os auxílios doenças, LOAS, aposentadorias abaixo do salário mínimo.
Este cenário é tão cruel que a população não está acreditando que irá acontecer, que é ilusão, que é impossível mexer na lei, que temos direitos adquiridos. Quem conseguir viver, verá!
E para aumentar as nossas preocupações com o bem estar dos trabalhadores e das organizações, que realmente os defendem, tem a regulamentação da terceirização. Está sendo cogitada a possibilidade de ampliar o direito de terceirizar qualquer posto de trabalho não importando se é atividade meio ou fim. Isto significa que as escolas poderão ter professores terceirizados, não mais concursados, poderemos ter médicos e enfermeiros terceirizados e não mais efetivos da rede pública e poderemos ter vários outros setores terceirizados. Se isso acontecer todos nós poderemos ser prejudicados, com a qualidade dos serviços, insegurança, pois a quem iremos cobrar quando necessário? Ao governo ou a empresa que prestar o serviço, no caso do serviço público? Vamos reclamar com o dono da loja ou com a empresa no caso do setor privado? Talvez o maior prejuízo para os trabalhadores e a sociedade seja fragilização das organizações sindicais que ficaram reduzidas a meros escritórios de homologação e de negociação.
Tudo isso e muito mais está acontecendo muito rápido, feito rastilho de pólvora. As organizações e a sociedade não estão conseguindo se organizar com eficiência para combater esses ataques. É preciso maior atenção da população, em especial os trabalhadores e as trabalhadoras que serão os maiores prejudicados.
O tempo passa muito rápido e não podemos esperar que o mal aconteça para lutar, pelo contrario, é preciso lutar para evitar que o mal aconteça!

Rogério Manoel Corrêa
Presidente do SEEF.
Publicado em Ponto de vista
botao telegram seef1

Filiado

filiado fecescfiliado contracsfiliado cutfiliado dieese

Manual do trabalhador

Um instrumento dos trabalhadores na defesa dos seus direitos. Ele apresenta as principais garantias previstas na legislação e nas convenções e acordos coletivos de trabalho assinadas pelo Sindicato.

BAIXAR MANUAL

SEEF - Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra
Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis/SC

Cód. Sindical: 914.565.164.01868-4    |    CNPJ: 78.664.125/0001-03
  Av. Mauro Ramos, 1624, 1º andar
     Centro -/ Florianópolis / SC
  (48) 3228-5140 / 3228-5140