A direção do SEEF em nome de seus representados vem, através desta nota, aplaudir a iniciativa do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) de incluir o nome de Antonieta de Barros no Livro de Heroínas da Pátria. Ainda que não seja, infelizmente, iniciativa de um parlamentar catarinense, o ato reconhece fato de grande importância para Santa Catarina e motivo de imenso orgulho para os catarinenses.
Antonieta de Barros era filha de mãe escravizada liberta, já era adulta quando aprendeu a ler e escrever e, baseada em seus princípios progressistas, abriu um curso popular para alfabetizar adultos, com o objetivo de politizar e libertar os oprimidos e as vítimas de preconceitos e racismo.
Formou-se professora e também trabalhou como jornalista.
Foi eleita duas vezes deputada estadual por Santa Catarina (1935-1937 e 1947-1951).
Pela Lei nº 145, de 12 de outubro de 1948, Antonieta criou o Dia do Professor (15 de outubro) e o feriado escolar em Santa Catarina. Vinte anos depois, em outubro de 1963, a data passou a lei nacional.
Antonieta foi responsável por criar leis que concediam bolsas de estudos em cursos superiores a alunos pobres, é considerada a primeira mulher negra a trabalhar na imprensa catarinense e, em seus textos, dizia que as mulheres não deveriam ser “virgens de ideias”.
Entre as três primeiras mulheres eleitas no país, foi a primeira mulher a assumir a presidência de uma Assembleia Legislativa.
Antonieta de Barros foi uma grande personagem, mulher negra, de muita importância na história de luta contra os preconceitos de raça, classe social e gênero em Santa Catarina e no Brasil, tendo dedicado sua vida a combater o analfabetismo de jovens e adultos carentes, na crença e na esperança de que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão. VIVAS à Heroína de nossa Pátria Antonieta de Barros!
A direção do SEF.